sexta-feira, 30 de março de 2012

Marcelo Zanin, um lutador


Quem é Marcelo Zanin
Dizem que toda unanimidade é burra! Mas, algumas pessoas privilegiadas conseguem quebrar esse paradigma - pelo menos em alguns ambientes,  e serem uma unanimidade.
Marcelo Zanin é uma dessas pessoas. Absolutamente querido por todos que o conhecem, ele consegue manter bom humor em  todos momentos, deixando qualquer grupo (especialmente o seu grupo de amigos do Jiu-Jitsu) sintonizados e em  alto astral, diferentemente  das disputas de vaidade e ego, comum aos grupos de competição.
Dedicação, treinamento incansável, determinação e técnica fazem desse veterano faixa marrom um exemplo para todos que sonham ser reconhecidos nas Artes Marciais e na vida.
Solidariedade: a sua marca,  e a marca de toda pessoa especial como ele.
Isso é também mérito do Jiu-Jitsu Brasileiro, que consegue atrair cada vez mais atletas e seres humanos especiais como o Zanin, que levam o espírito do Esporte adiante, na sua mais elevada tradução, mesmo quando têm outras profissões - como é o caso – mas mantêm dedicação incansáviel aos treinos .
Seu sonho, como de todos que lutam, sempre foi chegar à faixa preta (que ele persegue há 3 anos!) e ganhar todos os campeonatos que participar. Mas, (como na vida!) nada vem fácil pra quem pratica Jiu-Jitsu, e o caminho é sempre longo e árduo. Praticar Jiu-Jitsu é conhecer o que significa estar permanentemente na zona de desconforto. E, mesmo assim, buscar forças para não desistir. Estar sempre preparado e alerta. A maioria não consegue.
Exemplo disso, é o relato acima de um dia de competição narrado pelo próprio Zanin.
Segundo análise dele próprio: nesse dia, ele foi derrotado nos últimos 30 segundos,  pelo excesso de confiança. Ou, seja: perdeu para si próprio! (sem tirar o mérito do adversário, é claro!). Quantas vezes não acontece isso na vida de todo mundo? Foi mais um aprendizado. “Esse” erro dificilmente ele cometerá de novo (só outros!).  O aspecto emocional é fundamental em qualquer disputa, e é o que mais precisa ser domado numa competição. Paciência, humildade, perseverança, não são só palavras simpáticas. Elas precisam carregar verdade. Por isso, competição em campeonatos tem outra adrenalina.

A Entrevista

1. O que te levou a ser um competidor de Jiu-Jitsu? Fale um pouco da sua história.
MZ. Sempre fiz esportes. Fui profissional de futebol por um ano. Sempre estava envolvido dom esportes. Quando parei, senti uma necessidade muito grtande de gastar energia. Como meu irmão sempre fez Karatê, e tem vários títulos, como brasileiro e panamericano, ele me indicou o Jiu-jitsu. Comecei a praticar e gostei muito.

2. O que você tira dos treinos diários para sua vida cotidiana?
MZ. Garra, determinação são o fundamental. Não podemos desistir fácil das coisas!

3. Como é ser casado, ter filhas, e treinar todos os dias? Você tem apoio da família?
MZ. Então, é um pouco complicado essa parte. Tenho uma filha de 3 anos e outra de 8. Adoro ficar com elas. Às vezes é difícil deixar elas em casa pra treinar. Mas, faz parte. Elas ainda não entendem muito, mas gostam quando chego em casa com medalha. Tenho muito apoio da minha família, sim. Às vezes, acumula obrigações, mas vale a pena tudo.

4. Você tem 2 filhas. Você acredita que elas viverão num mundo melhor?
MZ. Essa é difícil responder, mas acho que temos que fazer nossa parte. Se cada um fizer a sua, acho que dá pra melhorar bem.

5. O que as Artes Marciais podem fazer pelos jovens e pelo Brasil?
MZ. Acho fundamental, principalmente no crescimento de uma criança. Alguma arte marcial, balé, ginástica, tudo que tem uma disciplina para criança aprender que não é tudo aquele conto de fadas que pais e mães constroem pra gente, e  sim um mundo todo diferente.


6. Você já foi violento, e se arrependeu depois?
MZ. Não. Não, graças a Deus, nunca fui um cara brigão. Sempre fui muito tranquilo e amigo de todos, e acreditem ou não, o Jiu-Jitsu me deu uma tranquilidade maior ainda. Fico muito seguro e ao mesmo tempo calmo. O jiu-Jitsu me fez muito bem.


7. Que aprendizado você leva dos campeonatos.
MZ. Sobre campeonatos, adoro porque testamos tudo que aprendemos na academia e também acho que é um dos melhores lugares pra se corrigir os erros, porque é um lugar que não se pode errar. Se errar, já era! Então, isso nos faz prestar atenção no que fazemos e pra vida em si.


8. Quais suas principais conquistas?
MZ. Comecei ir para campeonato logo cedo,  na faixa branca: Campeão Paulista, Fechado Pesado; e Campeão do Campeonato Beneficente, no Pelezão;
Na azul: Campeão Paulista, Campeão Mundial;
Na roxa: Campeão Brasileiro, Campeão Internacioanl;
Na marrom: Campeão Peso e Absoluto Estadual, Campeão SP Camp, Campeão Paulista Fechado, Campeão World Ligue Pro, Terceiro colocado no Brasileiro, Campeão Mundial CBJJ, Três vezes Vice-Campeão Etapa de Campeonato Paulista, e nesses anos tudo ocorreu naturalmente comigo, sem ter alguma situação diferente, não.


9. De onde vem o seu otimismo?
MZ. Não sei, Guto, acho que respiro competição. Sempre gostei de disputas. Comecei a jogar bola com 13 anos, e fui até o profissional. Então, sempre foi natural competir pra mim só mudou o esporte. Acho que é isso que me faz levantar todo dia, trabalhar o dia todo, e depois treinar pesado na academia, ir pra casa, ainda ficar com minhas filhas e minha mulher.


10. Muito obrigado pela entrevista. Você tem algo a acrescentar?
MZ. Obrigado eu, Guto! Muito legal esse trabalho que você tá fazendo. Acho que acrescentar só muito treino, aproveitar o máximo o que a academia tem pra passar pra gente, já que temos a chance de treinar com o Demian, que é sem dúvida um dos melhores, ou o melhor lutador de Jiu-Jitsu do mundo, e temos a honra de tê-lo no tatame. Muito obrigado. Abraços. OSSSSSSSSSS
A filha mais velha de Zanin dá os seus primeiros passos no Jiu-Jitsu, sob o olhar atento do mestre  Demian Maia


Academia Demian Maia