quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Demian fala do novo adversário

Por Guilherme Cruz em Tatame
Demian Maia teve uma noite agitada na última terça-feira. O faixa-preta, que estava escalado para enfrentar Michael Bisping, levou um susto ao saber que o inglês substituiria o lesionado Mark Muñoz na luta principal do mesmo evento, no dia 28 de janeiro, contra Chael Sonnen. “Foram duas horas de estresse”, confessa Demian, que terá o invicto Chris Weidman como oponente. Falando pela primeira vez sobre a mudança em bate-papo com a TATAME, Demian diz que a luta traz desafios diferentes em relação ao confronto com Bisping, mas ele estará pronto. Confira:

Como foi a angústia de não saber se lutaria ou não?

Eu já estava achando que ia embarcar, mas acabar não lutando. Foram duas horas de estresse.

Já passou por algo assim antes, uma troca de adversário a menos de 15 dias da luta?

Dez, quinze dias não, mas aconteceu algumas vezes. Quando eu ia estrear no UFC eu ia lutar com o Marvin Eastman, mas ele machucou o olho e trocaram para o Ryan Jensen. Teve a luta que seria com o Alan Belcher, ele também machucou o olho, e acabou sendo contra o Mário Miranda.

O Dana White disse que alguns nomes não teriam aceitado enfrentá-lo, entre eles o Rousimar Toquinho...

Lógico, eu também não aceitaria uma luta 10 dias antes tendo acabado de lutar. É muito risco para a carreira. Ele pegou quem poderia aceitar e já tinha lutado há mais tempo. Não é fácil mesmo. Ele achou um cara difícil, invicto, que será um ótimo teste para mim.

Já estudou o jogo do Chris? Muda muito a estratégia em relação ao Bisping?

Vai ter que mudar um pouquinho. Estou chegando agora para treinar, vamos começar a traçar agora em regime de emergência o novo plano de luta.

Considera uma luta mais fácil, ou apenas com desafios diferentes?

É diferente... Os caras subestimam o Bisping, mas quem você viu ganhar dele até hoje? O Rashad, de outro peso, Wanderlei e Dan Henderson, sendo que só o Henderson nocauteou. Os outros, por pontos. E por pontos, ele é muito estratégico. Ele sempre dá um jeito de ganhar a luta... O pessoal fala que o cara é fácil, que não ‘pega’, mas não precisa que ‘pegar’, tem que ganhar a luta.

O Chris não tem o mesmo nome e fama do Bisping. Acha que a luta perde nesse sentido?

Sinceramente, hoje em dia os fãs conhecem cada vez mais o esporte e sabem que esse cara é duro pra caramba e vão valorizar essa luta tanto que se fosse o Bisping. Antigamente iam muito em cima do nome, mas é só ver o cartel do cara: invicto, sete lutas, um wrestler de nível altíssimo. Não muda muita coisa, não.

O Dana White te elogiou no Twitter, por sempre aceitar esses “pepinos” em cima da hora. Chegou a conversar com ele?

Eu não conversei com eles, mas está tudo ótimo. Tenho que aproveitar essa fase que estou, bem treinado, e não posso desperdiçar isso. Ficaria chateado se não tivesse luta, ainda mais uma luta na FOX, que traz uma projeção enorme.

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